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A estabilidade econômica e segurança da governabilidade no semipresidencialismo

Em março do ano de 2022, foi criado grupo de trabalho para discutir a implantação do semipresidencialismo no Brasil, do qual, o colegiado foi instituído pelo presidente desta Casa, Arthur Lira (PP-AL), sendo coordenado pelo então deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), auxiliado por um conselho consultivo do qual fazem parte os ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim e Ellen Gracie, e o ex-presidente da República Michel Temer. 

A intenção da mudança proposta no Brasil veio para aprimorar a democracia com mais participação popular. Mas, para que seja implantado, é preciso mudar a Constituição, que define o atual sistema político do Brasil. 

Na prática, o Brasil vive atualmente um semipresidencialismo “informal”. E as soluções para o futuro do país são o diálogo e a construção de uma agenda comum, que mostre para a população o compromisso do governo de implementar melhorias que façam diferença de verdade na vida da população. 

Nossa Constituição foi muito bem construída, porque amalgamou conceitos liberais e sociais, porém, temos um sistema na Constituição que já não mais corresponde à realidade. É preciso que a política volte a ter a capacidade de dar respostas práticas aos problemas da população e construir uma agenda em torno das necessidades comuns do povo. O semipresidencialismo já traria um desenho próximo, em alguma medida, de algo que a gente está vivendo na realidade. 

No sistema semipresidencialismo, traz uma conexão entre o governo – primeiro-ministro e seu gabinete – e o parlamento, com o governo dentro dele, como é nos sistemas parlamentaristas tradicionais, como o inglês e o alemão. Nesse caso, quem controla o Orçamento é o chefe de governo. Ainda, o semipresidencialismo traz o mecanismo adequado de responsabilização (do chefe de governo, com moção de censura, mantendo o presidente eleito por voto popular, chefe de Estado, no posto) e traz responsabilidade ao parlamentar individualizado.

Em sistemas parlamentaristas e semipresidencialistas, há uma percepção muito maior de cuidado com quem estamos elegendo para o Poder Legislativo. 

Neste contexto, estou requerendo junto à Câmara dos Deputados, uma Audiência Pública para que voltemos a debater sobre a estabilidade Econômica e Segurança da Governabilidade no Semipresidencialismo.

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