O deputado federal Danilo Forte (União-CE) aproveitou o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado nesta terça (2), para defender a derrubada dos vetos do governo federal à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em especial às políticas para as crianças com o transtorno. “Fizemos um texto moderno, que pela primeira vez deu vez e voz aos autistas e suas famílias. Tudo foi negociado com o governo. Por isso, esse veto não se justifica”, diz o parlamentar, que foi o relator do texto no ano passado.
A proposta que foi incluída no LDO graças aos esforços do parlamentar prevê o financiamento de centros multidisciplinares voltados para crianças e adolescentes não apenas com autismo, mas com outros transtornos como a Síndrome de Down e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), por exemplo. A inspiração veio de equipamentos que já existem em Irauçuba (CE) e em Itaboraí (RJ), ambos visitados por Forte. “São equipamentos exemplares, que tratam todos os aspectos desses transtornos. Sem sombra de dúvidas, essas experiências merecem ser espalhadas pelo Brasil”, declara.
Desde o anúncio dos vetos, no começo deste ano, o cearense trabalha para convencer os colegas da importância da sua derrubada. A expectativa é de que o Congresso analise o tema na próxima semana.
ConecTEA
Mesmo com os vetos, o parlamentar segue atuando em torno do tema. No fim de janeiro, ele lançou o projeto ConecTEA, voltado para a divulgação de informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o fortalecimento da rede de apoio para famílias de autistas, professores e profissionais de saúde.
O programa busca também capacitar profissionais que lidam com esse público, como terapeutas, fonoaudiólogos e psicopedagogos, atuando em parceria com instituições como o Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (Nutep), projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC). “Uma das grandes demandas que percebemos é por profissionais que tenham qualificação para atuar com essas crianças. É um segmento cheio de particularidades, que precisa de uma equipe com treinamento específico. E não há instituição melhor do que a UFC para oferecer esse treinamento”, diz.